Os três intrépidos exploradores são agora apenas dois. O intrépido explorador Indiana Alves deixou-nos na madrugada de ontem, docemente, enquanto dormia.
Os dois exploradores que restam ainda estão em choque, incrédulos, sem saber como lidar com esta perda. Nunca mais um jantar a três, cheio de risos e memórias? Nunca mais uma sessão de slides de viagens, cada imagem a evocar coisas antigas, "foi aqui que apareceu o Mercedes", "isto foi quando", e a gerar controvérsias e galhofa, "não foi nada, estás a baralhar tudo, isto foi quando..."? Nunca mais tantas coisas que adiámos durante tanto tempo, achando levianamente que haveria sempre tempo? Que peso imenso têm estas duas curtas palavras: nunca mais!
Não quero que este blogue, durante tanto tempo parado, acabe aqui. Há tantas viagens, há tantas fotografias magníficas! Carlos, meu querido Carlos, tens de continuar tu, agora. Porque continuar será lembrar sempre o nosso amigo querido. Peço-te. Do fundo do coração.
Até logo, na igreja.
2 comentários:
(...)Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
...E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
(...)
Esses versos do Guardador de Rebanhos fazem-me sempre chorar.
Hoje ainda mais.
Enviar um comentário