terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Jantar de Amizade

Ontem, a seguir à Missa a assinalar o primeiro mês desde a partida do Zé, um grupinho reuniu-se no Império para jantar: a Maria, a Clara, eu, o Olivier e o Carlos. Há um mês eu não conhecia nenhum deles, tirando o Carlos, evidentemente. Ontem parecia-me conhecê-los desde sempre, de tal modo o nome do Zé, o elo a ligar-nos a princípio, voltava recorrentemente às nossas conversas. O Zé era o sexto comensal, invisível mas omnipresente.

Todos tínhamos telemóveis com câmara, eu até trago sempre a máquina na carteira... mas ninguém se lembrou de fotografar. Fica para o próximo jantar.

Como disse ao Carlos há dias, enquanto o ensinava a mexer no blóguio (é como chamamos ao blogue, é uma patetice do meu grupo do Liceu, o mesmo querido Liceu de Camões de que o Zé também foi aluno), como contei aqui, no meu blóguio pessoal, há uma vasta zona de mim que ainda não conseguiu assimilar que nunca mais veremos o Zé nesta vida. Ele percebeu muito bem, porque sente exactamente o mesmo, talvez ainda mais dolorosamente.

(sim, voltaremos a encontrar o Zé; só não sabemos quando, nem onde)

3 comentários:

Unknown disse...

Minha Querida adorei o jantar, as sensações e emoções, levei-as nos meus sonhos :)Não são precisas fotografias... o que fica é a verdade de ser, estar e GOSTAR MUITO! As saudades do Zé desapareceram por momentos, vocês são um bocadinho dele. Beijos e obrigada pela vossa companhia.
Maria

Teresa disse...

Querida Maria,
Também eu adorei o jantar, as saudades do Zé ficaram por momentos atenuadas (desaparecerem já é mais complicado, não é?), conseguimos sorrir nostalgicamente.
Tenho de falar com o Carlinhos, que é co-autor inicial disto comigo, mas o instinto diz-me que devemos dar outro rumo a este blóguio, fazer dele um espaço comum em que todos partilhemos as memórias que temos deles (e algumas são tão adoravelmente tontas!).
Tal como acho que devemos privatizar o blóguio, não nos apetece ter isto à mercê de qualquer um, pois não? Eu ando na blogosfera há quase cinco anos, por alguma razão (seria uma longa conversa) este blóguio não aparece no meu perfil, sempre quis preservar essa área de privacidade que não era só minha, era também do Carlos e do Zé.
E a verdade é que acho que, todos juntos, podemops fazer deste espaço coisa muito bonita. :)
A ver se agendamos um jantarinho para breve.
Talvez eu ainda me abalance a fazer um post esta noite para explicar a minha ideia. Sujeita a aprovação, claro, que o nosso afecto pelo Zé é democrático.

Alexandre Ataíde disse...

Um grande abraço, ao Zé, à Catarina e ao Ricardo.